segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Financeiro x Planejamento x Desempenho

O Grêmio tem um final de temporada delicado. A sabedoria com que a temporada vem sendo conduzida, está desafiada por uma conjuntura em que são necessárias decisões difíceis. Até a rodada passada o Grêmio ainda tinha chances de alcançar o líder Corinthians, porém agora, com nove pontos de diferença e com o foco dos paulistas voltado exclusivamente para o Campeonato Brasileiro, ficou praticamente impossível. Porém há outros objetivos a serem alcançados: o principal é uma vaga na Libertadores de 2016. Essa vaga pode vir com uma boa colocação no Brasileiro, ou via Copa do Brasil com o título. Porém há outras coisas que devem ser levadas em consideração, na busca deste objetivo e que influenciam o restante desta temporada e também 2016.

No Campeonato Brasileiro, além da vaga direta na fase de grupos da competição continental, também interessa a premiação em dinheiro que a CBF distribui aos primeiros colocados e um reforço de caixa será muito bem-vindo pensando na temporada 2016, quando o clube precisará reforçar seu elenco. Este reforço de caixa também pode acontecer caso o clube vá superando fases na Copa do Brasil e consequentemente aumentando a entrada de dinheiro por verbas da TV, pois a outra verba que seria a bilheteria dos grandes jogos está sendo dividida com a Arena Portoalegrense, enquanto o clube não consegue adquirir os direitos da sua casa. O outro fator a ser considerado é a melhor forma que o grupo vai ser administrado, para manter a sequência de bons resultados. Roger Machado, Rui Costa, Cesar Pacheco e Romildo Bolzan precisam conversar e fazer um balanço, levando três fatores em consideração: o Financeiro, planejamento e o desempenho.

A chance do Inter é a Copa do Brasil

Sob o comando de Argel Fucks, o Inter segue alternando entre bons e maus momentos. Depois de fazer uma verdadeira "Copa do Mundo" e vencer o líder Corinthians, no sábado diante do Figueirense o Inter sucumbiu. São várias as possibilidades de causa da derrota, cansaço pelo jogo de quarta, modificações no time, irregularidade nas atuações, foco no jogo de quarta pela Copa do Brasil. Seja qual for a causa, só quem está próximo do grupo pode conferir o que está acontecendo, é de difícil identificação e não se resolve rapidamente.


Como o Inter já tem a permanência na primeira divisão assegurada, o ideal seria focar o grupo na conquista do título que ainda é possível. Se ainda for possível, uma vez que o confronto se define em dez dias, seria ideal colocar os melhores jogadores para atuar nos próximos dois jogos contra o Palmeiras e colocar reservas no domingo. Se os dirigentes colorados ainda querem ganhar algum título esse ano, a chance do Inter é a Copa do Brasil.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Tiago tem potencial, mas não pode ser queimado

A vitória contra o Goiás foi suada, como será quase todo jogo disputado contra equipes que estão próximas da zona de rebaixamento neste segundo turno. Mas chamou a atenção novamente as críticas sobre a atuação do goleiro Tiago. Ele teria falhado na saída de gol quando o Goiás abriu o marcador, logo depois de ficar com um jogador a menos ((Veja nos melhores momentos). Tiago ficou marcado pelo erro cometido na partida contra o Sport, quando realmente falhou, saindo errado no gol de Diego Souza. porém no jogo de domingo não entendo como falha, talvez se tivesse permanecido embaixo das traves, não teria pego a boa cabeçada do atacante goiano. Talvez a pressão sobre ele não fosse tão grande se quem estivesse sentado no banco de reservas não fosse o melhor goleiro do Gauchão 2015.


Curiosamente, a saída de gol sempre foi a principal virtude de Tiago. Em 2015, durante a ausência de Marcelo Grohe, então convocado para a Copa América, Tiago entrou e foi muito bem, inclusive utilizando-se desta característica muitas vezes. As atuais falhas, são muito mais pelo excesso de confiança, que o faz tentar a saída quando o melhor seria permanecer no gol. Tenho certeza que a comissão técnica gremista saberá administrar bem a questão, afinal Tiago ficará somente mais um jogo como titular, pois no domingo contra o São Paulo, os convocados Marcelo Grohe, Erazo e Luan voltam. Tiago precisa treinar e fazer como o atual titular, aguardar pelo seu momento como titular e comprovar dentro de campo seu valor. Tiago tem potencial, mas não pode ser queimado.

Pensem em 2016, esse ano há pouco a fazer

A derrota para o São Paulo no Morumbi foi a confirmação da situação atual do colorado. Poderia ter sido um jogo para marcar, um divisor de águas, não foi. O Inter se apequenou no estádio onde já enfrentou o tricolor paulista de igual para igual, vencendo com autoridade em jogos importantes. Na primeira etapa o time ficou retraído, marcando muito e procurando não dar espaços ao time que implanta a ideia do rodízio, ideologia que o técnico anterior tentou implantar no clube gaúcho.
Pois na etapa final a equipe de Juan Carlos Osório tomou conta da partida depois que o Inter sofreu o gol e tentou sair para empatar.



Os melhores momentos mostram isso, com a derrota fica claro que no Campeonato Brasileiro, resta ao Inter apenas conquistar os pontos necessários para garantir a classificação para o Campeonato de 2016. Talvez ainda resta um fio de esperança na Copa do Brasil, mas como o Palmeiras também tem dificuldades o confronto será duríssimo. Argel até está tentando implantar um padrão tático diferente, mas em meio a temporada, com poucos treinos e com a preparação física da equipe abaixo da necessidade, fica difícil tentar alguma evolução. Pensem em 2016, esse ano há pouco a fazer.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Píffero sendo Píffero, culpando a imprensa

Veio da Itália, mais precisamente do Jornal Corriere dello Sport a informação que envole o Inter no último dia da janela europeia de transferência de jogadores. Alisson, goleiro revelação do Inter em 2015 estaria indo para a Roma. Poderia ampliar a informação dizendo que só iria para a Europa em Janeiro, seria emprestado então a um clube menor, pelo fato do clube romano já ter excesso de estrangeiros, mas o que chamou a atenção foi a reação do sanguíneo mandatário colorado. De imediato rechaçou a informação, dando como nula a possibilidade de venda de um dos principais jogadores jovens do elenco ( o que seria natural, afinal todos os dirigentes de clubes negam todas as negociações até que "milagrosamente" elas se concretizam em segundos..) mas outra reação dele também foi notada.


Não era de conhecimento geral, ou não era assunto do momento a queda do número de sócios em dia do clube. Mas entendo como natural a queda, afinal o que alavanca os quadros sociais dos clubes é o desempenho em campo do time, e no caso colorado, a queda na Libertadores, seguido do exame no clássico Grenal, combinados com a crise econômica devem ter afetado as finanças e muito provavelmente pressionado o presidente a vender algum jovem jogador destaque na atual temporada. Mas o presidente na mesma entrevista em que negou a venda do goleiro Alisson, acusou sem ser questionado a imprensa, que estava repercutindo um informação de colegas italianos, de criar informações falsas e com isso influenciar sócios a não permanecer em dia com o clube. O presidente não citou em nenhum momento o cenário econômico, ou o desempenho do time,apenas Píffero acabou sendo Píffero, culpando a imprensa.

Bobô ou Braian? Respondo: Nenhum deles!

O jogo contra o Figueirense é divisor de águas, já disse isso. Vai mostrar onde o time de Roger Machado pode chegar com tantos desfalques. O que não pode acontecer é novamente, na vaga de Luan, jogador que exerce uma função tática diferenciada, chamada de entre-linhas por uns e de "falso noe" por outros, mas que de fato, circula com liberdade no setor ofensivo, ficando como opção de passe para os meias que se movimentam (Fernandinho e Giuliano), e também para o meia que faz a função do antigo ponta de lança (Douglas). Luan frequentemente aparece dentro da área adversária em condições de finalizar e defensivamente ajuda na marcação, seja na marcação alta, ou quando o time se compacta nas linhas defensivas. O principal problema de Roger para o confronto em Florianópolis é encontrar o substituto para Luan. Não há ninguém com essas características no grupo principal - se houver na base seria uma agradável surpresa - e a tendência é a escalação de um centroavante de menor movimentação e que mude a forma de jogar.


Para manter a forma de jogar, entendo que a melhor forma de escalar o time seria com William Schuster na função de Douglas e Maxi Rodríguez fazendo a função de Luan. O uruguaio já mostrou que tem boa movimentação, arremata bem de média distância e é quem tem características mais próximas de Luan. Mas os indícios são de que Roger vai mandar ao gramado do Orlando Scarpelli um time com um centroavante tradicional e a dúvida seria: Bobô ou Braian? Respondo: Nenhum deles!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A dupla Grenal foi bem no sorteio da Copa do Brasil

Aconteceu hoje os sorteios da Copa do Brasil. Primeiro foi a definição dos adversários, O Inter pegou o Palmeiras e o Grêmio vai para um confronto de tricolores contra o Fluminense. No segundo sorteio foram definidas a ordem das partidas, o Inter define a classificação no Allianz Arena (aqui falamos os nomes corretos dos estádios) e o Grêmio define a classificação na Arena. As duas equipes pegaram bons adversários e vejo fatores positivos.


Inter: O Palmeiras é uma equipe em ascensão no Campeonato Brasileiro e na data dos confrontos devem estar envolvido na briga por uma vaga no G4, o que deve dividir a atenção do elenco. A vocação ofensiva do alvi-verde também pode favorecer ao colorado que não sofrendo gols em casa, pode prevalecer em São Paulo, usando a principal característica das equipes de Argel Fucks. O próprio treinador tem um perfil preparado para competições de mata-mata. Caso o Inter tivesse sido sorteado para enfrentar um adversário de menos tradição ou em pior momento como Figueirense ou Vasco, a possibilidade de jogar desconcentrado seria maior, mas contra o Palmeiras, não acontecerá.


Grêmio: O Fluminense é uma equipe que está na mesma condição do Grêmio. Perdeu investimentos na virada do ano e passou a valorizar os "pratas da casa" - coisa que só faz quem não tem dinheiro para trazer jogadores prontos - assim como o Grêmio tem um treinador ainda em afirmação no cenário nacional. A diferença pró Fluminense é o diferencial que Fred e Ronaldinho podem fazer se estiverem em noites iluminadas. mas o lado tricolor gaúcho também tem vantagem, até a data dos confrontos, deve estar em situação mais cômoda no Campeonato Brasileiro e o sorteio definiu a decisão na Arena, que começa a ter mais cara de casa do Grêmio (até lá já deve ter sido anunciada a compra da gestão do estádio).

Acabou a bela campanha, chegaram os desfalques em profusão

Quero estar errado. Mas a partida contra o Coritiba ontem na Arena definiu o ponto da campanha tricolor em que o time deixa abriga pelo título e passa apenas  a pensar em se manter entre os primeiros colocados. A estratégia exposta pelo técnico Ney Franco após a eliminação da Copa do Brasil na quinta, de cansar o time tricolor foi parcialmente positiva. Até o Grêmio cansar poderia ter marcado um gol e vencido o Coxa. porém depois que o tricolor cansou foi o time paranaense que teve chances reais de marcar, o que vendo os melhores momentos fica nítido.



Como se não bastasse, Marcelo Grohe, Erazo e Luan cedidos às seleções, Maicon segue lesionado e Douglas tomou o terceiro amarelo. Talvez até Galhardo, que saiu sentindo dor muscular fique de fora do jogo contra o Figueirense, ouseja cinco desfalques são certos na equipe de Roger Machado e o sexto pode ser o lateral direito. Quero estar errado mas acho que acabou a bela campanha, chegaram os desfalques em profusão.

Avaí escancarou o preparo físico colorado

A principal desculpa utilizada pela comissão técnica e pela direção foi a sequência de jogos, quinta à noite em Itu e domingo pela manhã em Florianópolis. Os erros da arbitragem também foram citados como determinantes para a derrota colorada na Ressacada. mas nenhum dirigente ou o treinador Argel falou na condição física, que se mostrou extremamente fraca.



Os melhores momentos da partida mostram que depois dos gols, o Inter não teve reação e que em determinados momentos as pernas não respondiam mais aos comandos dos jogadores colorados. A partir de agora o colorado terá uma série de partidas na jogando duas vezes por semana (serão sete rodadas seguidas). Caso nada seja feito, se é que exista algo a se fazer a participação colorada no Brasileiro está completamente comprometida, porque ontem pela manhã o Avaí escancarou o preparo físico colorado.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Ituano ainda não está morto, é preciso um tiro fatal

O Inter está há três jogos sem sofrer gols. A Copa do Brasil é um torneio que valoriza os gols marcados fora de casa. O Ituano jogará em casa, em um campo desconhecido a vários jogadores colorados e que só favorece o rubro-negro de Itu. Combinado com alguns retornos de peças importantes na equipe de Tarcisio Pugliese, entre eles o do goleador da Copa do Brasil, merece um atenção especial. O time de Argel ainda está em formação e como todas as equipes terão variações no desempenho, se desconcentrar amanhã a noite no Novelli Jr. O Inter pode perder a sua última chance de conquistar título nacional em 2015. O Inter precisa entrar determinado a marcar um gol fora de casa, o que obrigaria o time local a marcar três. O Ituano ainda não está morto, é preciso um tiro fatal.


O Grêmio precisa de mais um clássico

A produção da equipe de Roger Machado vem caindo novamente. Depois de iniciar com boas atuações, e iniciar uma curva descendente antes do clássico Grenal, foi no jogo com o Inter que Roger teve tempo para reorganizar a equipe e aproveitando-se das fragilidades que o adversário mostrou, aplicar uma impiedosa e histórica goleada, que deu confiança para a partida seguinte, outra vitória com atuação destacada, esta contra o então líder Atlético-MG em um Mineirão praticamente lotado. Se foi o resultado do clássico, a atuação ou a semana de descanso, ou talvez até mesmo tudo isso que deram um gás ao time gremista não se sabe. Mas o certo é que o Grêmio precisa de mais um clássico.

Argel não é só mobilização, pelo menos parece que não

Quando Argel Fucks foi contratado, muito se disse e analisou sobre o seu perfil. A principal conclusão era de que o presidente Vitório Píffero teria agora um verdadeiro representante no comando técnico da equipe. Pois é notório as semelhanças entre os dois, ambos centralizadores e extremamente exigentes com seus comandados. Pois Argel começou seu trabalho, foi implantando sua filosofia, e principalmente dando consistência defensiva à defesa colorada. Agora além disso começa a aparecer alguns traços de organização ofensiva e variações táticas, movimentos que não eram vistos na era Diego Aguirre no Beira Rio. Logo na chegada, comparou-se muito o perfil do novo técnico com Celso Roth, pela mobilização que provocou entre jogadores, direção e torcedores colorados. Mas com o passar do tempo a sensação é de que Argel não é só mobilização, pelo menos parece que não.

Vem chegando a encruzilhada para Roger

Começaram as baixas! Com a lesão de Maicon e as convocações de Marcelo Grohe, Erazo e Luan, sem contar a possibilidade de mais lesões que podem acontecer com a maratona de jogos que está prevista para o Grêmio. A classificação contra o Coritiba está bem encaminhada, a vitória na partida de ida no Couto Pereira deu boa vantagem ao tricolor. E com a sequência de partidas, sem tempo para descanso e muito menos para treino, o Grêmio vai ter que definir um dos lados e priorizar. Sob pena de fazer boas campanhas nas duas competições, mas não ter chance de título em nenhuma delas, pelo desgaste que o reduzido elenco tricolor vai acumular. A sequência de jogos sem os selecionáveis será definitiva: Se o grupo mantiver a produção, porque as atuações já caíram, a volta dos convocados, daria um gás para a reta final da competição escolhida. Ainda há possibilidade de manter a equipe principal atuando nas duas competições por mais uma fase da Copa do Brasil. Porém a partir das semi-finais será impossível. Em chegando a encruzilhada para Roger.


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Se não entrar concentrado, Inter pode ser supreendido pelo Ituano

É quase unanimidade que o Inter teve sorte no processo de escolha do adversário nas oitavas de final da Copa do Brasil. O adversário de hoje à noite no Beira Rio não participa sequer da Série D do Campeonato Brasileiro. Há um engano nessa abordagem. O Ituano é um perigosos adversário justamente por isso, preocupa-se praticamente só com a Copa do Brasil e assim já eliminou Joinville e Goiás.
O time do jovem técnico Tarcísio Pugliese, tem todas as características de azarão de competições de mata-mata. Mescla jogadores rodados com jovens promessas, e tem no seu comando um técnico estudioso, afeito às  novidades táticas que estão vencendo a batalha contra os medalhões da casamata. Tarcísio é de uma geração que tem em Roger Machado seu expoente máximo, mas conta com revelações como Dado Cavalcanti.


Para o primeiro jogo no Beira Rio Argel está montando um time "feijão com arroz" procurando fazer o básico, para conseguir mais uma vitória e aos poucos dar confiança ao grupo. A única surpresa foi a valorização de Vitinho, que com Aguirre não vinha tendo oportunidades e começa como titular, fazendo com que o time não tenha o centroavante posicionado, função que Lisandro López vinha executando. A ideia é dar velocidade juntando Vitinho, Sasha e Valdívia, contando com a armação de D´Alessandro. na teoria pode dar certo, mas não acho que tenha dado tempo de treinar essa formação para que se possa esperar uma grande atuação. O jogo, se o Inter entrar focado, concentrado, será duro. Se não entrar desta forma, o que com Argel dificilmente acontecerá, poderá ser surpreendido pelo Ituano.

A hora de ver se realmente o Grêmio tem plantel

Quando Roger Machado foi anunciado com técnico do Grêmio, houve muita desconfiança da torcida gremista. Afinal era consenso que o grupo era insuficiente e com um técnico inexperiente, apenas permanecer na primeira divisão seria lucro. Pois Roger surpreendeu a todos e conseguiu dar um padrão tático moderno, com marcação alta, intensidade na troca de passes e deslocamento dos jogadores. O grupo até então insuficiente passou a dar resposta e briga hoje pelos títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
O problema é que em muitas posições, principalmente no setor ofensivo, os jogadores que entram substituindo lesionados ou suspensos, não conseguem repetir a performance, pela falta de ritmo, entrosamento ou até pela falta de qualidade. Além disso agora até os onze titulares, passam a sofrer com a sequência de jogos, e estão fisicamente prejudicados.


Jogadores que não tem substitutos o grupo, serão fundamentais a partir de agora. No setor defensivo, não há problemas, Lucas Ramon e Marcelo Hermes deram boas respostas nas laterais quando solicitados. Bressan e Rafael Thyere igualmente no miolo de zaga e Edinho quebra o galho quando Walace fica suspenso. A partir do meio campo começam os problemas. William Schuster não convenceu, ele seria o substituto de Maicon. Outro que poderia entrar nesta vaga é Ramiro, mas ainda está em recuperação de lesão no joelho e deve retornar com ritmo somente no final de outubro. Na armação, Douglas não tem nenhum jogador no plantel com as mesmas características, talvez Lincoln, mas com mais movimentação e menos poder de armação. Na vaga de Pedro Rocha, Fernandinho já pede passagem e continuando assim, Roger em breve pode "poupar" o garoto. Pela direita Giuliano também não tem substituto, jogando fora Roger improvisou Schuster, sem resposta. Mas a principal interrogação é na vaga de Luan. Fazendo a função de "entre-linhas" atraindo e confundindo a marcação da defesa adversária, abrindo espaços para os jogadores que vem de trás infiltrarem. Não há ninguém sequer próximo de Luan, nas ausências Braian Rodríguez e Bobô tem sido testados, mas nitidamente modificam o esquema, deixando o time mais lento e previsível.
Serão mais três meses e meio das duas competições e a comissão técnica está em uma sinuca de bico. Tentar manter o time jogando com intensidade é necessário, mas nas duas competições parece impossível. Priorizar uma delas? Promover o famigerado rodízio no time titular? Ou correr o risco de ter lesões musculares? A solução está no plantel, mas será que realmente o Grêmio tem plantel?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lisandro López a caminho de ser Cavenaghi

O roteiro é o mesmo: Atacante argentino de destaque na Europa, contratado pelo Internacional para ser a solução ofensiva. Vem, não se adapta e aos poucos vai sendo escanteado no grupo, até ser contratado e voltar à Argentina. Aconteceu com Cavenaghi e Lisandro López segue o mesmo trilho. Porém ao contrário do primeiro, Lisandro parece ter muito a contribuir.
Há de se levar em consideração, que ele passou uma temporada no "cemitério de jogadores" chamado Catar. Todos os jogadores que passam pelo Oriente Médio, pelas características do futebol local, em que não é necessário um preparo físico de alto rendimento e com poucos treinamentos, acabam retornando como se estivessem parados e quanto mais tempo permanecem por lá, mais tempo demoram para readquirir ritmo de jogo e condições. Se for um jogador acima dos 30 anos, o período no Oriente Médio pode ser fatal, pela dificuldade de retomar a carreira em alto nível.
O que precisamos descobrir nos próximos meses é se o Inter e sua torcida terão a paciência necessária para aguardar Lisandro López voltar ter o mesmo rendimento que o tornou um dos grandes atacantes do Porto e do Lyon.


Depois de passado um período em que Lisandro esteve prejudicado, por não poder atuar na sua posição, pois Nilmar, mesmo não atuando bem, como ídolo colorado, nunca teve sua titularidade contestada, e com isso Lisandro atuava como segundo atacante, Com a saída de Nilmar, Lisandro assumiu o comando de ataque, mas em um momento de crise, e sem que bola chegasse com qualidade, novamente o argentino foi obrigado a violar suas características e sair da para ajudar a armar jogadas. Como resultado, não marca gols e ainda perde a bola tentando armar o jogo. A torcida, sem paciência com os jogadores devido à crise, acaba pedindo a sua substituição. Se ninguém intervir, leia-se Argel Fucks, Lisandro López será um novo Fernando Cavenaghi nesta passagem pelo Beira Rio.

O Grêmio pode ser campeão brasileiro?

Com a surpreendente campanha do Grêmio no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, uma dúvida pautou as discussões da imprensa esportiva da República dos Carangueijos Dicotômicos: O tricolor tem chances reais de conquistar o titulo depois de quase vinte anos? São vários os fatores a serem considerados, mas em linhas gerais acredito que sim, tem chance. Alguns dos argumentos que sustentam minha tese:

Até aqui - metade da competição - não surgiu uma equipe em que podemos apostar que ficará na ponta até o final. O Corinthians lidera hoje, mas sob diversas contestações, de desempenho e críticas aos árbitros que frequentemente tem cometidos erros favoráveis ao alvi-negro do Parque São Jorge. O galo mineiro liderou por algumas rodadas, mas não conseguiu manter o desempenho. Grêmio e Fluminense correm por fora, com regularidade. E novos candidatos podem surgir.

Roger ainda está encontrando novas alternativas táticas, uma vez que seu esquema tem sido estudado, com a sequência de boas atuações. Jogadores que chegaram em meio a competição, ainda tem uma contribuição, que deve agregar ao treinador. Se conseguir tirar mais leite destas pedras, o tricolor segue com chances.

A Arena parece finalmente estar fazendo a diferença. O estádio que foi concebido para ser um importante aliado, está na fase final para que o clube assuma de vez a operação e assim aumente a média de público. Conjuntamente jogos importantes acontecem, e o Grêmio está conseguindo bons resultados, formando junto ao torcedor uma ideia de "casa"que anteriormente o estádio Olímpico proporcionava.


Lógico se poderia elencar uma série de fatores que mostram que o Grêmio não tem condições de vencer este Campeonato. A principal razão é a a dependência das boas atuações de Luan, combinada com os escassos recursos que Roger conta. Porém se com estes parcos recursos, foi possível realizar a terceira melhor campanha na primeiro turno, empata com a segunda no número de pontos, é possível acreditar que se possa melhorar um pouco este rendimento e sonhar com o título.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Luan fez falta, mas não foi só isso

A discussão desta segunda-feira, foi o quanto o Grêmio sentiu a falta de Luan. Depois de golear o Inter e vencer fora de casa o até então líder Atlético-MG, jogar na Arena com bom público, contra um dos últimos colocados, não seria uma missão tão complicada. Pois foi o jogo mais difícil do período de sete dias.
O Joinville veio fechado, e com o gol logo a três minutos de jogo complicou o jogo. O Grêmio sofreu com a ausência do seu melhor jogador. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Luan, que vinha atuando como "falso nove" articulando as combinações ofensivas com Giuliano, Douglas e Pedro Rocha. Sem um jogador com as mesmas características e da qualidade de Luan, Roger optou por Bobô, que tem como característica, jogar como referência e acabou alterando o esquema tático tricolor.
Com o gol sofrido cedo, em uma falha de marcação de bola parada, semelhante ao gol sofrido na derrota para a Chapecoense, o Grêmio precisou se lançar ao ataque. Acabou por dar espaços ao Joinville que só não ampliou o marcador na primeira etapa, pela falta de qualidade de seus atacantes. Para fazer dois gols, virar o marcador o Grêmio precisou de muita força e de gols de jogadores pouco afeitos a visitar as redes adversárias. Erazo de cabeça e Galhardo em brilhante cobrança de falta, deram os três pontos ao Grêmio.


Embora após a partida, para defender suas ideias de futebol coletivo, Roger tenha declarado que o time não tenha sentido a falta de Luan, é inegável a falta que o Grêmio sentiu, jogando em casa do seu principal jogador. A troca de passes não teve a mesma velocidade e precisão e Douglas não teve o mesmo espaço para armar. Combinando com a queda de produção de Pedro Rocha (normal para um jovem que assume a titularidade pela primeira vez) que não repete mais as mesmas atuações, principalmente pela imperfeição nas finalizações. É preocupante a situação do time, principalmente nas três partidas em que Luan estará servindo a seleção brasileira que se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016.

Quartel do Argel, até quando?

O final de semana marcou a estreia de Argel Fucks como técnico do Inter. As principais mudanças com relação ao trabalho de Aguirre são a postura dentro de campo, mais defensiva e cautelosa e fora de campo, com direito a uma cartilha de comportamento dos jogadores.
Dentro de campo é uma questão de escolha. os últimos treinadores colorados jogaram com postura mais ofensiva, baseados na posse de bola e agredindo o adversário com marcação alta. Mas vários dirigentes entendem esta visão como "faceira" demais. Mas isso é apenas questão de filosofia de futebol e essa discussão vai longe.


A novidade é fora de campo, com regras que a grande maioria dos treinadores não impõe. Duas especialmente me chamaram a atenção: A proibição de celulares nas jantas durante as concentrações e a ordem para ficar em posição de sentido, fora da casamata, durante a execução do hino nacional antes das partidas. Claro devem haver outras que ainda não foram divulgadas e isso vai acontecer.
O discurso de Argel na chegada foi forte, lembrou o de alguns bons treinadores que estão ultrapassados. Fica claro que ele consegue mobilizar o grupo, mas a que custo?
Há dois exemplos de líderes, os que se fazem respeitar pelo medo ou os que se fazem respeitar pelo exemplo. Argel é sem dúvida o primeiro. mas o entendo que o futebol moderno precisa, para trabalhos a longo prazo, lideranças pelo exemplo, ou como bem definiu Roger na sua apresentação no Grêmio: "Vendedores de ideias."
Será preciso que essa postura seja revista pelo comandante colorado, pois pela semelhança que tem com o perfil de Celso Roth, acredito em outra semelhança o tempo de durabilidade do discurso e da motivação por ele proporcionada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A dificuldade de manter a mobilização

O Grêmio viajou a Minas Gerais escalado, com todos os titulares a disposição de Roger. E mais, pela primeira vez Roger passa a ter algumas alternativas interessantes, como Fernandinho e Bobô para o sistema ofensivo, Edinho para a retenção no meio campo e Bressan para a zaga. Mas o maior desafio de Roger Machado é manter a mobilização que o grupo mostrou no clássico 407. O time mostrou durante os 90 minutos, uma intensidade excepcional e a dificuldade será manter isso.

Outra situação é o assédio que os principais jogadores passam a ter com a sequência de boas atuações. Giuliano e Douglas passarão a ter marcação especial, pois são que armam as jogadas, fazendo triangulações com laterais e volantes quando estes se aproximam. Pedro Rocha é jogador de velocidade e passará cada vez mais a ter menos campo para correr, pois no espaço curto ele é menos perigoso aos adversários. Mas certamente quem será o alvo dos zagueiros é Luan. Participante de todas as seleções que começam a ser montadas, melhor jogador do campeonato até aqui segundo a revista Placar, ele vem fazendo a diferença, com seus dribles objetivos que já chamam a atenção dos grandes clubes europeus.
 

Odair retranca time para evitar abatimento maior

O Inter entra em campo logo mais para pegar o Fluminense em cima de uma corda bamba. Será necessário muito equilíbrio, principalmente psicológico, para obter um resultado positivo, que será o primeiro passo para sair da proximidade da zona de rebaixamento. Hoje o time não está entre o quatro últimos, mas há certa proximidade com as quatro últimas colocações. Como o próximo jogo é em Belo Horizonte contra o Cruzeiro, outro jogo dificílimo, vencer hoje é primordial para reatar com o caminho de vitórias. Uma derrota hoje põe o Inter naquele caminho em que por mais que o time jogue bem, os resultados não acontecem e os times da última parte da tabela começam a se aproximar.



Odair armou um time que deveria ter escalado para jogar com o Grêmio. Com três volantes para reforçar o sistema defensivo. Anderson e Lisandro López que tiveram um atrito pós Grenal, deixam a equipe, assim como Réver, sacado para dar mais velocidade à defesa. O Fluminense vem a Porto Alegre em busca de recuperação no campeonato e tem um time bem encaixado, com Ronaldinho armando jogadores de boa intensidade. Se o resultado não for positivo, mais nuvens negras podem se aproximar do Beira Rio.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Roger precisa treinar alternativas

Quando anunciado como sucessor de Felipão temi pelo pior. Entendi que naquele momento Roger não teria estofo para suportar a pressão de uma equipe grande, que precisa de resultados a curto prazo. Minha análise foi baseada nas passagens dele por Juventude e Novo Hamburgo, onde não chegou a mostrar nenhuma novidade tática ou algo do gênero. Porém Roger soube aproveitar o ímpeto inicial que uma troca no comando técnico provoca e com conceitos modernos de futebol, que achei que demorariam muito tempo para serem aplicados aqui, conseguiu com um grupo modesto, resultados que o qualificam hoje como aspirante ao título do Campeonato Brasileiro.

O esquema que privilegia a rápida troca de passes e a infiltração de volantes e laterais, deixando as defesas adversárias confusas tem colocado o Grêmio entre os primeiros colocados e com boas partidas independente do resultado dos jogos. Porém aos poucos, como o próprio já disse, muitos passarão a estudar a maneira de jogo gremista e alguma alternativa de jogo precisa estar pronta para ser lançada nestes momentos. Talvez a chegada de Bobô, jogador mais de referência possa ser um indício desta preocupação, mas o fato é que logo, principalmente as grandes equipes bloquearão as investidas de Luan, Giuliano, Douglas e Pedro Rocha e um novo coelho precisará ser retirado da cartola tricolor.

Piffero foi fazer turismo no Chile

O mandatário colorado está perdido. Na semana passada, depois de perceber que Aguirre não estava conseguindo mais encaixar o time do Inter, decidiu pela demissão imediata. O resultado todos já sabem. nesse início de semana, para fugir de toda a repercussão da derrota vexatória no Grenal, resultado direto da demissão de Aguirre, viajou ao Rio de Janeiro já na segunda pela manhã e em seguida foi ao Chile para conhecer Jorge Sampaoli.


Digo conhecer o argentino, pois não vejo a mínima possibilidade de um técnico, campeão da Copa América, que tem rendimentos mensais próximos a um milhão de reais, aceitar uma proposta de um time do Brasil, onde se troca de treinador conforme o vento, para ganhar menos, ou alguém em sã consciência acredita que o Inter conseguiria concorrer financeiramente com a Federão Mexicana e com o Olimpique de Marselha?
Píffero é megalomaníaco, basta ver a contratação de Anderson, mais para provocar o Grêmio que para reforçar o Inter. O problema é que a torcida que sonha com Sampaoli vai acordar com Guto Ferreira ou no máximo Oswaldo de Oliveira.
O clube precisa hoje de um presidente que comande uma reestruturação financeira, pois recentemente o Conselho aprovou um pedido de empréstimo para manter as contas em dia. Caso o time não corresponda dentro de campo, cresce a inadimplência dos sócios, reduz as fontes de custeio e aumenta o rombo no cofre. Sem contar que vários jogadores, promessas da base, que eram totalmente do Inter, agora tem seus direitos financeiros repartidos com o mecenas colorado Delcir Sonda.
Píffero precisa de humildade, de reconhecer o momento, contratar um treinador com métodos modernos, salário menor e que faça a remodelação de que o grupo precisa.

Agora o que fazer com Anderson, Réver, Vitinho, Rafael Moura, seus polpudos salários e longos contratos???