Quando Roger Machado foi anunciado com técnico do Grêmio, houve muita desconfiança da torcida gremista. Afinal era consenso que o grupo era insuficiente e com um técnico inexperiente, apenas permanecer na primeira divisão seria lucro. Pois Roger surpreendeu a todos e conseguiu dar um padrão tático moderno, com marcação alta, intensidade na troca de passes e deslocamento dos jogadores. O grupo até então insuficiente passou a dar resposta e briga hoje pelos títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
O problema é que em muitas posições, principalmente no setor ofensivo, os jogadores que entram substituindo lesionados ou suspensos, não conseguem repetir a performance, pela falta de ritmo, entrosamento ou até pela falta de qualidade. Além disso agora até os onze titulares, passam a sofrer com a sequência de jogos, e estão fisicamente prejudicados.
Jogadores que não tem substitutos o grupo, serão fundamentais a partir de agora. No setor defensivo, não há problemas, Lucas Ramon e Marcelo Hermes deram boas respostas nas laterais quando solicitados. Bressan e Rafael Thyere igualmente no miolo de zaga e Edinho quebra o galho quando Walace fica suspenso. A partir do meio campo começam os problemas. William Schuster não convenceu, ele seria o substituto de Maicon. Outro que poderia entrar nesta vaga é Ramiro, mas ainda está em recuperação de lesão no joelho e deve retornar com ritmo somente no final de outubro. Na armação, Douglas não tem nenhum jogador no plantel com as mesmas características, talvez Lincoln, mas com mais movimentação e menos poder de armação. Na vaga de Pedro Rocha, Fernandinho já pede passagem e continuando assim, Roger em breve pode "poupar" o garoto. Pela direita Giuliano também não tem substituto, jogando fora Roger improvisou Schuster, sem resposta. Mas a principal interrogação é na vaga de Luan. Fazendo a função de "entre-linhas" atraindo e confundindo a marcação da defesa adversária, abrindo espaços para os jogadores que vem de trás infiltrarem. Não há ninguém sequer próximo de Luan, nas ausências Braian Rodríguez e Bobô tem sido testados, mas nitidamente modificam o esquema, deixando o time mais lento e previsível.
Serão mais três meses e meio das duas competições e a comissão técnica está em uma sinuca de bico. Tentar manter o time jogando com intensidade é necessário, mas nas duas competições parece impossível. Priorizar uma delas? Promover o famigerado rodízio no time titular? Ou correr o risco de ter lesões musculares? A solução está no plantel, mas será que realmente o Grêmio tem plantel?
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