segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quartel do Argel, até quando?

O final de semana marcou a estreia de Argel Fucks como técnico do Inter. As principais mudanças com relação ao trabalho de Aguirre são a postura dentro de campo, mais defensiva e cautelosa e fora de campo, com direito a uma cartilha de comportamento dos jogadores.
Dentro de campo é uma questão de escolha. os últimos treinadores colorados jogaram com postura mais ofensiva, baseados na posse de bola e agredindo o adversário com marcação alta. Mas vários dirigentes entendem esta visão como "faceira" demais. Mas isso é apenas questão de filosofia de futebol e essa discussão vai longe.


A novidade é fora de campo, com regras que a grande maioria dos treinadores não impõe. Duas especialmente me chamaram a atenção: A proibição de celulares nas jantas durante as concentrações e a ordem para ficar em posição de sentido, fora da casamata, durante a execução do hino nacional antes das partidas. Claro devem haver outras que ainda não foram divulgadas e isso vai acontecer.
O discurso de Argel na chegada foi forte, lembrou o de alguns bons treinadores que estão ultrapassados. Fica claro que ele consegue mobilizar o grupo, mas a que custo?
Há dois exemplos de líderes, os que se fazem respeitar pelo medo ou os que se fazem respeitar pelo exemplo. Argel é sem dúvida o primeiro. mas o entendo que o futebol moderno precisa, para trabalhos a longo prazo, lideranças pelo exemplo, ou como bem definiu Roger na sua apresentação no Grêmio: "Vendedores de ideias."
Será preciso que essa postura seja revista pelo comandante colorado, pois pela semelhança que tem com o perfil de Celso Roth, acredito em outra semelhança o tempo de durabilidade do discurso e da motivação por ele proporcionada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário